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Colégio Unidavi é Educação 4.0
10/02/2020
A Educação 4.0 está aí e, com ela, um novo jeito de aprender. Em 2020 esta será a grande novidade do Colégio Universitário Unidavi. Mais integração, novos métodos, uma nova abordagem teórico-prática e tecnologias transformadoras, alinhadas às diretrizes educacionais, BNCC e Currículo do Território Catarinense.
O Prof. Dr. Cassiano Zeferino de Carvalho Neto explica que a Educação 4.0 é identificada pela letra E (maiúscula) elevada à quarta potência (E4), porque está estruturada sobre quatro referenciais teórico-tecnológicos, considerados pilares dinamicamente interligados, definidos como estruturadores. "Ao centro está o chamado Modelo Sistêmico de Educação (MSE) e como radiais a Educação Científica e Tecnológica (ECT), a Engenharia e Gestão do Conhecimento (EGC) e a Ciberarquitetura (CBQ). A interconexão entre os pilares apresentados estrutura a Educação 4.0 e a coloca como instrumento para autoria de modelos inovadores para gestão e docência em instituições da Educação Básica e Superior", complementa.
Ainda, para ele, é preciso envolver, primeiramente, os professores nesse processo. "Das dinâmicas geradas entre esses referenciais surge a Educação 4.0 como modelo para a inovação continuada, em uma era em que a aprendizagem é personalizada. Trata-se de lidar com o presente, pois o futuro já chegou", ressalta.
A primeira formação continuada do Colégio, para a implementação da Educação 4.0 aconteceu dia 7 de fevereiro, foi ministrada pelo professor Cassiano e teve o objetivo de integrar os docentes a este novo desafio.
A Diretora do Colégio, Prof.ª M.ª Sandra Aparecida dos Santos afirma que a equipe está preparada para este novo modelo do aprender. "Estamos dentro de uma universidade que oferece vários mecanismos para que a Educação 4.0 possa acontecer. Queremos integração, entre professores e estudantes, setores e nós, entre tudo", reage.
Professor Cassiano lembra que a construção do modelo de Educação 4.0 é um processo de culminância de estudos, aplicações e pesquisas. "De fato, não se trata de desenvolvimento temático que se baseie em uma única ciência, mas sim de uma visão integrativa de sub-ramos do conhecimento que passa pela educação científica e tecnológica, teoria de sistemas, engenharia e gestão do conhecimento e a pedagogia", completa.
E o que vemos hoje?
Há exatos 20 anos atrás escrevi um artigo a pedido da Secretaria de Estado de Minas Gerais no qual a temática central era: "De onde virá a revolução educacional"? Naquela oportunidade afirmei que as transformações profundas não viriam dos intelectuais e suas teorias inéditas, mas dos pés calçando tênis que adentravam, já àquela época, as salas de aula das escolas da Educação Básica e Superior. E o que vemos hoje? A mudança de paradigma já ocorreu, as gerações de estudantes, praticamente todos nativos digitais, aprendem e pensam de forma desconcertantemente diferente daquela que pensamos, pois, suas estruturas psíquicas superiores são formadas no seio da cultura, uma cultura digital que opera em rede e online. O que se tem na atualidade são os espaços-tempo ciberarquitetônicos, isto é, as informações transitam não somente nos ambientes físicos (arquitetônicos) mas provêm e seguem para o ciberespaço na acepção de Pierre Levy. Para acompanhar a galera (e olha lá!), professores e gestores são chacoalhados e desafiados todos os dias e isso é o efeito direto da revolução já em andamento. O problema é não ter uma visão teórica capaz de dar conta, de forma sistêmica, desses desafios e o que se faz é ficar oscilando em uma corda-bamba, de um lado para o outro, sem se saber ao certo para onde ir. A Educação 4.0 é precisamente um referencial teórico-tecnológico seguro que pode responder ao cenário presente, pois seus fundamentos partem de um paradigma que não é um mero remendo em tecido velho. Portanto, nada tem a ver com a escola ter mais ou menos recursos materiais, pois o que se precisa neste momento é de patrimônio humano, pessoas, conhecimento e ação.
Professor Cassiano