Mês da consciência Celíaca

---

Quando a palavra "glúten" entrou na nossa vida.

Sabe quando você tem certeza de que algo não está certo com o seu filho? 

O ano era 2015, férias de verão, sol, calor, brincadeiras, diversão. Diversão? Não...não tinha diversão...ele vivia desanimado, com a cara apagada, sem aquele brilho nos olhos, quieto, cabisbaixo, triste. Sempre foi alegre, animadão mesmo. E notávamos uma irritação constante, daquelas que você nem tem coragem de brigar, manha, choro, tristeza. A cada dia que passava, a barriga inchava mais, os ossinhos começavam a aparecer de maneira assustadora! "Esse menino tem alguma coisa!" nos diziam. Mas o quê?! Come bem, dorme bem. Sabíamos que havia algo errado pelo comportamento anormal: a tristeza sem fim. Ele não é assim. E levamos no médico. E de novo e de novo. 

Foi então, que finalmente, com muita conversa e pesquisa, foi pedido o exame de sangue para intolerância a lactose e glúten. Lactose negativo. Para o glúten é necessário confirmação de diagnóstico através de endoscopia. O exame foi tranquilo. E o resultado: DOENÇA CELÍACA CONFIRMADA.

A gastroenterologista Vera Lucia Sdepanian, coordenadora do ambulatório de celíacos da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, afirma que, se o glúten for totalmente excluído da dieta, o intestino leva de seis meses a um ano para voltar ao normal. Estamos nesse processo, cuidando, ensinando, criando novas rotinas nos cuidados com essa proteína que se tornou nossa inimiga mortal! O cuidado com a contaminação cruzada é o maior desafio, mas, como tudo, será um desafio pra sempre.

A felicidade voltou ao pequeno menino, na época com 2 anos e meio. Entendeu bem que, se comer glúten dói a barriguinha.

E a vida segue, NORMAL, sem ser coitadinho, sem ser o menino que não come glúten, sem ser o pobrezinho que tem uma doença sem cura. A doença tem controle: isenção total do glúten, com isso sua saúde é ótima, o humor é o melhor possível, a alegria é constante e a felicidade eterna!

Elisa Reinke Bonelli - mãe do Antônio - Tem a Doença Celíaca - diagnóstico desde junho de 2015.