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Educação Física e Enfermagem
09/10/2019
Os acadêmicos dos cursos de Educação Física e Enfermagem, em parceria com a Secretaria de Assistência Social, estão trabalhando no Projeto Exercício físico e qualidade de vida do idoso. O objetivo é estudar como a prática de exercícios físicos faz bem para o público-alvo analisado e envolver os alunos no projeto é sempre um grande passo para a universidade. "Muito importante para que os acadêmicos tenham um primeiro contato com grupos especiais como este. Então ele traz a teoria da sala de aula e tem como oportunidade colocar em prática aqui na academia", comenta o coordenador do curso de Educação Física, Prof. M.e Júlio Cesar Nasário.
O docente explica que desde 2013 é oferecida a prática de exercícios físicos para os idosos, sempre em parceria com a Assistência Social. "Esse projeto denominado "Exercício físico e qualidade de vida do idoso", acontece toda sexta-feira de manhã na academia da Unidavi e eles têm um reforço de atividades físicas toda terça e quinta no Centro de Convivência, no bairro Canta Galo", reforça.
Os exercícios são bem variados. "Iniciamos fazendo um aquecimento na esteira, na bike ou no elíptico, ou com uma caminhada de cinco minutos. Depois a gente faz a prática da musculação e no final um alongamento", conta a acadêmica da 8ª fase de Educação Física, Gabriela Aline dos Santos.
A bagagem que o aluno leva é enorme. ¿Inclusive vou fazer meu Trabalho de Curso com o tema da terceira idade e é mais um público que eu posso estar trabalhando futuramente¿, ressalta a estudante.
Para o egresso do curso de Educação Física, Leandro Ledra, a atividade física, principalmente o treinamento de força para pessoas da terceira idade, auxilia na sarcopenia, a perda de massa magra em detrimento da idade. "Então, quando menos massa magra a gente tem, menos força a gente tem, então o treinamento de força auxilia na manutenção da massa magra. Diminuindo assim a queda dos idosos, auxiliando nas tarefas do dia a dia, como o simples abaixar para pegar um objeto e colocar numa prateleira mais alta. Diminui as doenças ósseas como artrite, osteoporose, então as atividades físicas na verdade, podem elevar muito a qualidade de vida de pessoas da terceira idade e aumentar muito a sua expectativa de vida", explica.
A idosa Lídia Maciel está bastante satisfeita com o projeto. "Para mim é tudo, é muita saúde. Não sei o que é uma doença, não deixo de participar, porque eu sei que se a gente ficar em casa a gente fica aborrecida e começa com depressão. Assim, não sei o que é depressão, nunca tive. E quanto mais eu faço ginástica e caminho, mais ativa eu fico" esclarece.
O projeto é realizado também por acadêmicos do curso de Enfermagem e possibilita explorar todos os campos da educação. O Ensino, Pesquisa e a Extensão.
Na Pesquisa, o curso de Enfermagem fica com a parte da organização. "Nós selecionamos escalas específicas para fazer a avaliação de qualidade de vida, escalas que são reconhecidas e validadas pela Organização Mundial de Saúde e a partir dessas escalas a gente faz uma entrevista, o preenchimento do questionário por esses idosos e consegue monitorar e acompanhar a qualidade de vida destes idosos relacionando com a prática do exercício físico", relata a coordenadora do curso, Prof.ª M.ª Rosimeri Geremias Farias.
Na Extensão, é trazer a comunidade para dentro da academia, para que o idoso tenha a oportunidade de fazer os exercícios e acompanhar toda a programação deles. "É no Ensino que envolvemos os alunos na construção do processo científico, na busca de boas referências, no desenvolvimento, não só do conhecimento, mas de habilidades e atitudes", complementa Rosimeri.
São programadas duas coletas, uma quando eles terminarem a terceira semana de atividades, onde se faz o preenchimento da escala de qualidade de vida e a outra é em dezembro, quando estiverem passado por toda uma rotina, que pode ter trazido melhores benefícios para esses idosos. "Lembrando sempre que a qualidade de vida é um construto baseado na percepção do próprio idoso. O que nos interessa é ver quanto esses exercícios físicos estão impactando, de acordo com a percepção do próprio idoso, na sua condição de vida, de convívio social, de interação, de execução de atividades da vida diária, de atividades específicas do seu dia a dia", finaliza Rosimeri.