Trabalho de Conclusão de Curso

A história da psicologia dentro do sistema prisional está marcada pela dura luta que efetivou a mudança de um sistema punitivo para pessoas privadas de liberdade para um sistema educativo e voltado à reintegração, deixando de lado a ideia de um reforço negativo para diminuir o comportamento do sujeito que cometeu o delito. A psicologia nessa área vem ao encontro de reintegrar o indivíduo preso através de atendimento, atividades individuais e em grupo e uma reformulação dos aprendizados em sala de aula aplicados em um ambiente que ainda gera dúvidas e preconceitos por parte da sociedade. O papel da psicologia nesse âmbito é assegurar o cumprimento dos direitos humanos preconizados pela ONU e pelo ECA, no que se refere ao adolescente, e, mesmo tendo um discurso de reintegração do sujeito criminoso, esse meio muitas vezes não permite que esse trabalho se efetive. A presente pesquisa visa averiguar se existem dificuldades para o exercício da psicologia nesse ambiente e também das potencialidades do mesmo, bem como abordar o caminho que a história das prisões percorreram para sair do modo punitivo para o modo reintegrador. Também propõe-se destacar a importância que o profissional de psicologia tem no âmbito prisional, e quais efeitos o encarceramento pode gerar na saúde mental da população carcerária. Para a efetivação desse trabalho foi utilizada a metodologia bibliográfica, exploratória e descritiva, a fim de atender os objetivos citados neste trabalho. Pode-se verificar alguns dos principais desafios no campo da saúde penitenciária, que apontam também para a percepção dos problemas e as estratégias no enfrentamento às graves condições de insalubridade. Ainda que a questão da saúde penitenciária seja enormemente prejudicada pelo superencarceramento e pelas péssimas condições do sistema prisional brasileiro, os profissionais da Psicologia, inseridos em uma equipe multidisciplinar, tem um importante papel na redução dos danos causados pelo encarceramento.