Um estudo sobre autoeficácia e emoções em crianças com dificuldades de aprendizagem
Trabalho de Conclusão de Curso
Este estudo buscou analisar questões relacionadas a emoções e autoeficácia em crianças em idade escolar, e busca demonstrar a importância de ensinar às crianças sobre emoções e regulação emocional, pois essas habilidades são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo. As emoções desempenham um papel significativo no processo de aprendizagem, podendo facilitar ou dificultar o aprendizado, dependendo do ambiente em que a criança se encontra. As crenças de autoeficácia influenciadas pela persuasão verbal e pelos indicadores fisiológicos, como as emoções, afetam a motivação, a escolha de desafios, o esforço e a persistência diante das dificuldades. Estudos mostram que a autoeficácia também impacta o desempenho escolar das crianças e contribui para o seu desenvolvimento geral. Por outro lado, experiências de fracasso no ambiente escolar têm efeitos negativos nas crenças de autoeficácia e podem ter consequências emocionais prejudiciais para as crianças. As dificuldades de aprendizagem podem surgir devido a atrasos no aprendizado ou comportamentos inadequados na sala de aula e podem afetar crianças em qualquer fase da vida. No contexto brasileiro, essas dificuldades ainda não são consideradas parte da educação especial e são frequentemente interpretadas como fracasso escolar. É uma pesquisa qualitativa, quantitativa, descritiva e exploratória, que tem como objetivo identificar as emoções predominantes e as crenças de autoeficácia em crianças com dificuldades de aprendizagem. A coleta de dados foi realizada com três crianças, na faixa etária entre 8 e 11 anos, que estão aguardando atendimento clínico ou avaliação psicológica no NEAP. Com a realização desta pesquisa, observou-se nos resultados que crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem, sentem com maior predominância a alegria, raiva, ansiedade, confusão, cansaço e tristeza, recorrentes e influenciados pelo ambiente escolar, apresentando noção de suas dificuldades, porém tendo crenças de autoeficácia elevadas, que podem ser explicadas pela faixa etária que as crianças se encontram, ou seja, estas não são afetadas. Observou-se também que as crianças com dificuldade de aprendizagem entrevistadas nessa pesquisa, tendem a ter dificuldades de lidar suas emoções, apresentando uma prevalência de emoções negativas, mesmo apresentando crenças de autoeficácia positivas.