REALIDADE ECONÔMICA DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS FRENTE AO ENDIVIDAMENTO E INADIMPLÊNCIA: UMA ANÁLISE DO PERÍODO DE 2013 A 2023.
Trabalho de Conclusão de Curso
O presente estudo tem como foco primordial abordar as características do endividamento e da inadimplência entre as famílias brasileiras durante o período de 2019 a 2023. Seu objetivo é compreender o endividamento familiar e os níveis de inadimplência em diversos extratos sociais, com análise específica das famílias nos municípios do Alto Vale nesse intervalo de tempo. A metodologia classifica-se como pesquisa básica, sem aplicação prática direta, sendo caracterizada quanto aos objetivos como descritiva e exploratória. A coleta de dados se dá por meio de pesquisa bibliográfica, utilizando fontes secundárias como livros, artigos acadêmicos e relatórios de órgãos governamentais e não governamentais. Fontes oficiais, tais como Banco Central, Serasa, IBGE, PEIC e CNC, são empregadas para obter informações sobre endividamento, consumo, renda e inadimplência. Os resultados serão apresentados de forma quantitativa, com uso de estatísticas descritivas relacionadas ao endividamento das famílias. Utiliza-se uma análise comparativa para avaliar a realidade econômica das famílias brasileiras, frente aos indicadores de endividamento e inadimplência, nos anos de 2019 a 2023. A pesquisa PEIC mostra que os consumidores que mais se endividaram foram mulheres e pessoas jovens. Em todos os anos analisados as famílias contraíram dívidas nas principal modalidade de cartão de crédito. Os dados iniciais mostraram que a cada 100 famílias, 78 se endividaram. Em uma análise nas cidades do Alto Vale do Itajaí, houve um aumento nos índices de endividamento em quase todas as cidades, principalmente em 2023, possivelmente associado aos impactos da pandemia. Os dados revelam variações significativas nos índices de inadimplência em diferentes cidades. Rio do Sul, Ituporanga, Ibirama, Taió, Presidente Getúlio e Pouso Redondo são destaque pelo número maior de residentes. Em termos percentuais, Atalanta, Ibirama, Ituporanga, Pouso Redondo, Rio do Sul, Salete e Trombudo Central apresentaram os índices mais altos nos anos iniciais analisados. Em 2023, Ibirama e Rio do Sul registraram os maiores índices, com 24,05% e 24,71%, respectivamente. No requisito em quantidade de dívidas, Agrolândia, Agronômica, Lontras e Rio do Sul mostraram médias consideravelmente elevadas, com Agrolândia atingindo o pico de 4,76 em 2019. As conclusões deste estudo examinam os resultados obtidos e discutem a importância da educação financeira na prevenção do endividamento excessivo. Salienta-se que a falta de educação financeira contribui significativamente para o endividamento, identifica-se práticas de gestão financeira para prevenir o endividamento.