Trabalho de Conclusão de Curso

O envelhecimento é um processo natural e inevitável. Junto a este, é comum estar associado o declínio cognitivo. Quando os familiares passam a encontrar dificuldades para atender as demandas do idoso, muitas vezes a institucionalização é vista como uma possibilidade de garantir cuidados adequados, de modo seguro, tendo o envolvimento de cuidadores de idosos neste processo. A perda da cognição no idoso, interfere na realização de atividades sociais e ocupacionais, evoluindo para a perda das capacidades funcionais e da autonomia. Todas essas mudanças cognitivas e fisiológicas podem ser prevenidas e até mesmo atenuadas quando se organizam mudanças nos hábitos de vida e ações específicas na implementação dos cuidados diários. Este estudo tem por objetivo geral analisar as estratégias de prevenção do declínio cognitivo adotadas por cuidadores leigos de idosos institucionalizados. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, transversal e observacional do tipo descritivo. Para nortear a coleta de dados utilizou-se um roteiro de entrevista composto por perguntas abertas e fechadas, elaborado pela pesquisadora e validado por meio de teste piloto. Foram entrevistados 12 cuidadores de idosos institucionalizados, atuantes em duas instituições que recebem idosos para longa permanência. Os dados foram organizados em 3 categorias e 6 subcategorias, sendo a primeira categoria o declínio cognitivo sob o olhar de cuidador de idosos institucionalizados, que acomoda duas subcategorias: conceituando declínio cognitivo e sinais de declínio cognitivo. A segunda categoria nos traz sobre o processo de cuidar do idoso institucionalizado e a atuação do cuidador leigo, sendo constituída por duas subcategorias apresentando o cuidador e seu papel enquanto cuidador. A terceira e última categoria fala a respeito da prevenção do declínio cognitivo entre idosos institucionalizados, mencionando sobre as ações para a prevenção e as facilidades e dificuldades do cuidador na prevenção do declínio cognitivo. Considera-se que os cuidadores de idosos relacionam o declínio cognitivo apenas à perda da memória e da função motora, não tendo um conhecimento mais abrangente do termo. Carecem das práticas preventivas, relacionando os seus cuidados apenas com cuidados gerais, não direcionados à prevenção do declínio cognitivo. Destaca-se a importância de orientar e educar os cuidadores sobre os cuidados essenciais a serem prestados aos idosos com sinais de declínio cognitivo. É importante incentivar os cuidadores a buscarem conhecimento, fornecendo informações sobre manuais e materiais educativos disponibilizados pelo Ministério da Saúde, visando não apenas melhorar a qualidade dos cuidados prestados pelo cuidador aos idosos em relação ao declínio cognitivo, mas também aprimorar a conscientização sobre a prevenção dessa condição.