AVALIAÇÃO DO USO INDISCRIMINADO DE MEDICAMENTOS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA NA POPULAÇÃO IDOSA
Artigo
Introdução: Ao longo dos anos tem ocorrido um significativo aumento na expectativa de vida e nas opções terapêuticas em saúde. Por outro lado, a busca por qualidade de vida associada à maior número de diagnóstico de doenças em idosos, torna-os suscetíveis a se medicarem. Objetivo: Avaliar o uso de medicamentos sem necessidade de prescrição na população idosa em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na cidade de Rio do Sul. Métodos: O estudo, delineamento epidemiológico transversal, aprovado no CEP parecer nº 5778004, contou com a realização de entrevistas individuais e avaliação da funcionalidade - índice de Katz - com 50 idosos adscritos à referida UBS. Os dados foram organizados e analisados em planilhas e software SPSS. Resultados: Os idosos entrevistados tinham média de idade de 73 anos e 94,0% faziam uso de medicamentos sem prescrição médica. O sexo feminino foi o mais prevalente (68,0%), a maioria possuía ensino fundamental incompleto (68,0%), eram casados (48,0%) e viúvos (32,0%). Os medicamentos adquiridos pelos idosos foram, em sua maioria, por indicação de familiares e/ou amigos (44,7%), seguidos da aquisição por meio de balconistas de farmácias (38,3%). Dentre os entrevistados, 83,0% referiram não ter conhecimento sobre os efeitos adversos causados por estes medicamentos e relataram como motivo principal para seu uso, a busca por melhora de força e vigor físico (44,7%). Conclusão: Mais pesquisas são necessárias para compreender os motivos e os fatores que influenciam o uso desses medicamentos pelos idosos. Estratégias de conscientização e educação em saúde são essenciais para promover um uso seguro, beneficiando a saúde dos idosos. Os profissionais de saúde desempenham um papel fundamental nesse processo, para orientar e promover uma abordagem integral e resolutiva de cuidado em saúde.