Artigo

Introdução: A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é um grave problema de saúde pública. Pode-se perceber que muitos pacientes acometidos pela doença sofrem com algum tipo de transtorno mental devido à infecção. Apesar de existir um grande conhecimento sobre a doença e também sobre o tratamento antirretroviral, reconhece-se que é necessário uma maior intervenção em relação à saúde mental do paciente infectado, para que os sofrimentos psíquicos sejam reduzidos. Segundo dados divulgados pela UNAIDS, em 2021, havia, no mundo, um total de 38,4 milhões de pessoas vivendo com HIV. No Brasil, cerca de 920 mil brasileiros vivem com HIV. Com isso, o número de pessoas vivendo com a doença vem crescendo e esse crescimento está relacionado à alta prevalência de sinais e sintomas depressivos. Objetivo: Esta pesquisa possui como objetivo geral analisar o perfil epidemiológico dos transtornos mentais e comportamentais em pacientes portadores de HIV que realizam tratamento em Rio do Sul, Santa Catarina. Metodologia: Esta pesquisa caracteriza-se por ser observacional, analítico com delineamento epidemiológico transversal. Foram analisados os prontuários entre 2017 a 2022 advindos da Policlínica de Referência Regional no Setor de Centro De Testagem e Aconselhamento. Os dados foram organizados numa planilha do Excel e após transferidos ao software IBM Statistical Package for the Social Sciencies (SPSS, versão 26.0) para a realização das análises estatísticas. Resultados: Foram analisadas 202 fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e analisados os prontuários eletrônicos destes pacientes. Neste estudo observou-se que tanto homens (25%) como mulheres (25%) portadores de HIV, de raça/cor branca, com idade entre 51 a 60 anos e ensino fundamental incompleto apresentam algum tipo de transtorno mental ou comportamental, sendo o transtorno depressivo maior a condição psiquiátrica mais comum.