PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INDIVÍDUOS SUBMETIDOS AO TRATAMENTO DE CÂNCER DE LÁBIO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DO SUL DO BRASIL
Artigo
Introdução/ Fundamento: O câncer de cabeça e pescoço é prevalente na população mundial, atingindo cerca de 800 mil indivíduos no mundo. Dentre essas neoplasias, a de lábio tem uma incidência significativa na população mundial, sendo o sexo masculino mais acometido, com idade média de diagnóstico após a quinta década de vida. A maioria dos casos reportados na literatura, atualmente, possui como diagnóstico histopatológico o carcinoma de células escamosas. Objetivo: determinar o perfil epidemiológico dos indivíduos submetidos ao tratamento de câncer de lábio em um Hospital da Região Sul do Brasil. Métodos: estudo do tipo transversal, observacional e retrospectivo acerca do tema câncer de lábio nos últimos cinco anos em uma população do sul do Brasil. Resultados: A maior parte da amostra foi composta por homens, de cor branca, com idade média de diagnóstico de 63,1 anos. Em relação à ocupação, grande parte exercia profissões expostas ao sol, como no caso da agricultura e da construção civil. Acerca dos hábitos de vida, a maioria deles era tabagista ou ex-tabagista, com média de tempo de tabagismo de 34 anos e quantidade tabágica média de 40 maços/ano. No que tange às características da doença, houve preponderância de ulceração como lesão fundamental e de diagnóstico histopatológico de carcinoma espinocelular na biópsia, sendo a ressecção cirúrgica o tratamento mais realizado, e o tempo média de sobrevida dos paciente de 9,5 meses. Limitações do estudo: por ser um estudo retrospectivo, os dados abordados necessitam de preenchimento adequado por parte dos profissionais, uma vez que limita a população do estudo, além disso são necessários mais estudos clínicos na área. Conclusão: o câncer de lábio na região analisada segue à tendência mundial quanto à sua classificação histopatológica como carcinoma de células escamosas. Para evitar atrasos no diagnóstico e tratamento, é necessário investir em educação continuada da equipe de saúde e campanhas instrutivas para a população.