Trabalho de Conclusão de Curso

Introdução: Lesões esportivas em adolescentes velocistas são comuns devido às adaptações fisiológicas e ao crescimento rápido, além das demandas biomecânicas da corrida de curta distância. O reconhecimento precoce dessas lesões é fundamental para prevenir complicações e garantir o desempenho esportivo. Objetivo: Este estudo teve como objetivo verificar a prevalência de lesões em atletas velocistas adolescentes de um clube de atletismo de uma cidade do Alto Vale do Itajaí. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico realizado com nove atletas velocistas adolescentes, de 15 a 17 anos, de ambos os sexos. Os dados foram coletados por questionário digital OSTRC-BR, abrangendo participação nos treinos e competições, redução do volume de treinamento, diminuição do desempenho, sintomas de lesão ou doença, áreas acometidas, tempo de afastamento e registro/notificação das lesões. As variáveis categóricas foram analisadas por frequência e porcentagem, e variáveis contínuas por média ± desvio-padrão. Resultados: Dos nove atletas, seis apresentaram lesões, correspondendo a 85,7% de prevalência, com predomínio na região lombar (66,6%), seguida por panturrilha/perna e coxa (16,7% cada). A maioria manteve participação parcial ou total nos treinos, mesmo com sintomas de intensidade leve a moderada, sendo fraqueza/cansaço o mais frequente (75%). Quanto à notificação, 60% comunicaram ao médico, 40% ao fisioterapeuta e 20% ao treinador. Conclusões: A prevalência de lesões em adolescentes velocistas foi elevada, destacando um cenário de atenção para essa população esportiva. observa-se que os atletas adolescentes estão expostos a risco significativo de lesões musculoesqueléticas e que fatores como fadiga, intensidade de treinamento e suporte assistencial podem influenciar tanto a ocorrência quanto a evolução dessas lesões. O monitoramento sistemático e o registro adequado dessas ocorrências são fundamentais para estratégias eficazes de prevenção e manejo.