Trabalho de Conclusão de Curso

Introdução: A estimulação precoce é essencial para o desenvolvimento infantil, possibilitando avaliação do neurodesenvolvimento e planejamento de intervenções individualizadas. Crianças prematuras, em risco, beneficiam-se do acompanhamento fisioterapêutico, que promove ganhos motores, cognitivos e socioemocionais.Objetivo: Traçar o perfil dos fisioterapeutas que atuam na estimulação precoce no Alto Vale do Itajaí.Métodos: Estudo quali-quantitativo com amostragem não probabilística por conveniência, envolvendo 12 fisioterapeutas. A coleta de dados ocorreu entre agosto e setembro de 2025, por questionário digital estruturado, contemplando dados demográficos, formação acadêmica e continuada, métodos utilizados, estrutura institucional, desafios da prática e envolvimento familiar. A participação foi voluntária, mediante ao TCLE. Dados quantitativos foram analisados descritivamente e respostas qualitativas agrupadas por temas recorrentes e quantificados. Resultados:Verificou-se predominância de fisioterapeutas com formação recente, oriundos de instituições privadas e com pouca experiência, atuando principalmente nas APAEs. A maioria realiza cursos anuais e possui ou cursa pós-graduação em Neurofuncional, enfrentando barreiras como custos elevados e escassez de cursos na região. Atuam também em outras áreas, utilizando principalmente os métodos Bobath e Pediasuit/Therasuit. Atendem crianças entre 12 e 24 meses, com 1 a 5 atendimentos semanais na estimulação precoce, em ambientes lúdicos e multiprofissionais. Os principais desafios são a falta de recursos e a baixa adesão familiar. As escalas mais utilizadas são AIMS e GMFM, e as condições mais frequentes incluem atraso no desenvolvimento e TEA. Conclusão: Há diversidade de formação e experiência destacando a importância da capacitação contínua, do trabalho multiprofissional e do envolvimento familiar para a efetividade da estimulação precoce.