Prevalência de dores musculoesqueléticas em acadêmicos de fisioterapia em uma instituição de ensino superior
Trabalho de Conclusão de Curso
Introdução: As dores musculoesqueléticas podem ser definidas como desconforto ou sensação desagradável que afetam estruturas como ossos, articulações, músculos e outros tecidos moles como ligamentos, tendões e bursas. Se tornado cada vez mais frequentes no ambiente acadêmico, fatores como sedentarismo, estresse, mobiliário inadequado e longas jornadas de estudo no mesmo posicionamento têm sido apontados como possíveis contribuintes para o surgimento dessas dores. A persistência deste problema impacta diretamente o bem-estar desses futuros profissionais. Objetivo: Verificar a prevalência de dores musculoesqueléticas entre acadêmicos do curso de Fisioterapia de uma Instituição de Ensino Superior localizada no Alto Vale do Itajaí. Metodologia: A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário online elaborado pelo pesquisador com 13 perguntas, utilizado o Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ) para nortear o relato das regiões, a Escala Visual Análógica (EVA) para mensurar a intensidade da dor e um questionário de criação própria. Os dados foram organizados e analisados por meio de estatísticas descritivas utilizando o software SPSS®. A pesquisa seguiu os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, garantindo o sigilo, voluntariedade e bem-estar dos participantes Resultado: A amostra foi composta por 142 pessoas sendo 109 (76,8%) mulheres e 33 (23,2%) homens, com idade média de 22,3 ±4,4 anos. Desses, 91 (64,1%) relataram praticar atividade física e 70 (49,3%) relataram leve prejuízo às atividades acadêmicas. Conclusão: foi observado alta prevalência de dores musculoesqueléticas entre acadêmicos de fisioterapia, principalmente nas regiões de coluna lombar e pescoço, com intensidade predominantemente moderada. A identificação precoce dos fatores de risco e a promoção de hábitos de vida saudáveis são fundamentais para minimizar o impacto dessas queixas e contribuir para a formação de profissionais mais conscientes sobre sua própria saúde musculoesquelética.