QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES SOB CUIDADO PALIATIVO NA ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Trabalho de Conclusão de Curso
Com os avanços da medicina aumentou a expectativa de vida, mas nem sempre com qualidade. Os Cuidados Paliativos surgiram para proporcionar conforto e dignidade a pacientes sem possibilidade de cura, com foco na humanização e atuação multiprofissional. Contudo, persistem desafios na oferta desse cuidado. Portanto, o objetivo geral foi analisar a percepção dos profissionais de saúde sobre a Qualidade de Vida dos pacientes sob Cuidados Paliativos, enfatizando os fatores que influenciam essa qualidade e as práticas assistenciais utilizadas para promovê-la. A qualidade de vida envolve a percepção individual sobre bem-estar físico, mental, social e ambiental. Na saúde, reflete o equilíbrio entre corpo e mente, influenciado por fatores pessoais e contextuais. Ferramentas como o SF-36 e o WHOQOL-bref possibilitam avaliar de forma abrangente esses aspectos, orientando práticas de cuidado integral. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, desenvolvida em um hospital filantrópico localizado no Alto Vale do Itajaí. Participaram profissionais de saúde atuantes em cuidados paliativos. As entrevistas foram analisadas segundo a técnica de Bardin, com observância dos preceitos éticos, buscando compreender as práticas e fortalecer o cuidado humanizado. A pesquisa analisou a atuação de profissionais de saúde em um hospital de cuidados prolongados, abordando suas práticas, desafios e percepções sobre cuidados paliativos. Observou-se que as intervenções priorizam conforto, controle da dor, escuta ativa e respeito à dignidade, promovendo qualidade de vida física, emocional, social e espiritual. A humanização se expressa pela empatia, acolhimento e valorização da autonomia do paciente. As dimensões emocionais e espirituais emergem como essenciais no enfrentamento da finitude. Contudo, os profissionais enfrentam desafios como falta de recursos, sobrecarga de trabalho, dificuldade de aceitação da morte e necessidade de qualificação específica. O estudo mostrou que cuidados paliativos vão além da técnica, envolvendo empatia, escuta ativa e valorização da dignidade. Profissionais priorizam conforto, controle da dor e bem-estar integral, enfrentando desafios como sobrecarga e falta de preparo. A humanização e o cuidado multidisciplinar são essenciais para proporcionar sentido e qualidade de vida.